Saturday, December 22, 2007

Nas próximas rodadas...


Vive-se daquilo em que se acredita?!
Atire a primeira pedra.
Chute na trave ou no ângulo.
As pequenas grandes chances de acertar ou errar.

Ou melhor, vive-se daquilo que se tem em mãos.
O hoje teima em ditar as regras, mas perde para o amanhã traiçoeiro.
Ninguém quer saber dele quando o time está ganhando.

Simples é fazer, dificíl é acreditar.

Sendo o prazer instantâneo e remediável, onde tudo que esta em mãos pode escorrer entre os dedos nas próximas palavras trocadas, preservar a sensação da saudade, como lembrança do que te trouxe suspiros é o primordial...

Sensação que perdura quando se fecham os olhos.
É a prorrogação do jogo que teima em ser 1x1.

E mesmo que seja um único segundo ganho até a próxima jogada, o que importa é a possibilidade de aumentar o placar.

Porque o jogo é imprevisível, como as pessoas, como a vida.

Listening d*_*b Emiliana Torrini / Next Time Around

Sunday, November 11, 2007

Caminhos...


A vida toma rumos paralelos quando pensamos estar em linha reta.
Agora é só tirar aquele pedaço que sobrou das memórias de uma outra vida idealizada.
Antes que os pedaços tentem se unir novamente, erroneamente.
Livre pra voar.
Nada é a mais do que o tempo julga necessário ser.
E todos tem suas razões pra sair da linha e tentar se arriscar.
Fracassar, todos fracassamos.
Mas corajoso é aquele que ao menos tenta.
Porque as chances podem escapulir a um minuto atrás, onde você poderia ter feito tudo ser diferente.
Mas como ter previsões?!
Aqui você pode se dar ao luxo de ter escolhas, mas não adivinhar.
Esse é o mistério da caixinha dessa nossa confusa existência.
Lidar com as impossibilidades é muito mais difícil do que se imagina.
Mas impossibilidades são reais.
E nada de desculpas pelas coisas feitas,
porque a existência é só um jogo, em um mundo onde o amor é lenda, e a loucura é fuga.

Onde serão vencedores aqueles que souberem perder.

Como sabiamente, já dito...
"Vivendo e aprendendo a jogar..."


Listening d*_*b James Blunt/1973

Thursday, September 20, 2007

De virtude a infortúnio.

Paciência é uma virtude...
Será mesmo?!

Parece que quando você a solicita demais,
ela tem uma desculpa de fazer as coisas que você queria pra hoje,
ficarem pra muito mais que amanhã.
No final das contas, são coisas que você queria pra ontem,
mas que por algum motivo o tempo quis que avançassem.
O motivo: talvez VOCÊ.

As vezes, de virtude a infortúnio.
Momento de ser repensada.
Será que ela não tá querendo atrasar alguma coisa que você pode trazer pra mais perto?
Melhor dizendo, pra mais rápido.
Ela te faz acomodar.
É aquela voz do: "-Tenha paciência..."

Ela atrasa o tempo, te angustia, mas é boa enganadora, te conforta, te conforma,
tira o peso das suas costas, dizendo que o tempo sabe a hora das coisas e não você.

Então,
vai esperaaaaaaaando, esperaaaaando, esperaaaaaaaaando.

Tenha paciência...
E se a hora não chegar nunca,
senta e chora, ou melhor, senta e toma uma cerveja,
porque pelo menos, por alguns instantes você vai esquecer ou se afogar de uma vez.
Listening d*_*b Cry Baby/ Janis Joplin

Wednesday, July 18, 2007

Mudando as direções...


E subitamente, tudo pode ficar simples como a nuvem que passa sem exitar.
Leve e solto, sem delongas, sem desconforto.
O vento muda a direção do barco.
A força da correnteza.

Quando se deixa a liberdade guiar, nada é tão mais exigente, ou melhor,
nada é mais criação, e sim realidade.
Por incrível que pareça, isso já modifica toda a paisagem.
Assim se faz menos a dor,
assim se faz pensar no que é e não no que virá.
E a natureza pode mudar tudo a cada 5 segundos, ou até menos.
A cada sorriso, ou a cada copo bebido.
Mas a visão é como uma nova sinfonia.
Que sempre pode estar pelo fim na música, mas ritmado pelo seu próprio tempo.
Até quando for suave aos ouvidos.
Porque nada é eterno, como as notas de Sol, de Ré, ou Mi nas melodias.
Como se ganha, pode se perder.

Sem problemas, outras músicas nascem, pra quem não abre mão de tentar viver os mistérios do inesperado.


Listening d*_*b Coldplay/ Shiver

Tuesday, May 15, 2007

Engano, doce disfarce...


Eu sei que não importa o que você leia,
o que você ouça ou o que você perceba.
As coisas vão entrar pelos seus poros,
de todos os lados sempre querendo cobrir uma falha.

Preencher um espaço.
Preencher uma linha daquela frase que você achou que teria desfecho óbvio e claro dentro daquela história do seu livro.

Em tudo que fizer, será assim.
Mesmo tentando se enganar, querendo ser outro, esquecer o que não consegue.
Você vai querer ter o poder de manipular as influências que rondam suas entranhas.
E até vai chegar a falsa impressão de que conseguiu.
E daí, amanhã ou depois, você conclui que tudo o que fez pra esquecer a falha, não te isenta da falta daquilo que não tem hoje.
Mas os caminhos tracejados, deixam livres lacunas,
que são preenchidas com traiçoeiras expectativas daquilo que não é verdadeiro.

É um veneno doce pra fugir de tudo aquilo que saiu do seu alcance.
E você segue assim, se enganando até todas as noites sobre seu travesseiro.
Só resta saber até que ponto vale a pena viver uma verdade que não é sua.
Ou seria, assim, melhor viver, do que saber que nunca terá a verdade que falhou?
Entenda como lhe convir, porque você só vai extrair, aquilo que pode te enganar um pouco mais.
Listening d*_*b The Wallflowers / Three Marlenas

Sunday, March 25, 2007

Em pratos limpos...


Se entregar pras coisas simples é um prato cheio.
Cheio, daqueles de raspar o molho com a língua.
Como é bom ninguém precisar lavar o prato, porque tá tudo lindo, limpo.
Comido com gosto.


Tempo que passou, coisas vividas, na sua simplicidade, que agora sobram no espaço.
Sensação estranha de que as coisas não voltam, mas estão lá.


E as que vem, devem ser aspiradas, sugadas, com toda força, mesmo antes delas chegarem.
Porque assim parece que serão mais emocionantes, mesmo ainda não reais.
Com aquela carga positiva, com pitada de ilusão normal dos sonhos.
Mas só fique esperto(a) pra não dar tanta atenção pras expectativas.
Elas não merecem.


Deixa vir.
Se entregar mais ainda quando diz que faz o que tem vontade.
E realmente o faz, não só diz.
Não se ponderar quando está diante da, quem sabe, última oportunidade do momento mais feliz.
Porque todos os momentos são os últimos.
Porque todos os fatos são únicos.


Coração, sentidos, o bem e o mau nas mãos.
Dois, um, metade.
Não há matemática, pois não há muita razão.
O medo. O cultivo, perto. O retorno, incerto.
A gente morre toda hora e nasce de novo cheio de dúvidas.
A delicadeza se esbalda dentro da natureza que altera seu humor de acordo com cada deslize.
Porque nessa hora, os pensamentos voam, o calor traz agressividade, e o peso do rosto traz a calma na hora da brisa, no suspiro da vida.


E a única certeza:
Prato limpo, pra próxima degustação.
Outro dia, outra hora, outro momento, outro nascimento.

E o Sol é o mesmo. Por isso... Deixa vir.



Listening d*_*b New Order / Krafty

Monday, February 12, 2007

Incondicionalmente, feliz.

Difícil quando nos deparamos com um sonho na vida real. Porque tudo fica parecendo mentira, menos a nossa vontade.
De repente, o mundo das incertezas faz a gente se perder num labirinto.
De repente, aparecem placas e sinais que só nossos próprios sentidos conseguem entender e apurar.

Pensa-se em acreditar e seguir a intuição, mas simplemesmente, ela pode só ser cúmplice do que o coração quer transformar em realidade.
Acreditar nela pode até ser perigoso.
Apesar de trapaças fazerem parte da rotina de quem se arrisca.
Mas a única certeza é saber que tal sentimento incondicional é um sofrimento ímpar, mas por ser raro, está longe de ser desprezado.
Fazer o quê, se o caos é atrativo?!

Como se a dor se tornasse secundária a todo o contexto ao redor, a qualquer capricho da vontade diante da figura que se quer ver feliz, ou diante de 3 segundos indescritíveis de uma noite inteira.
E por mais que não se "tenha", o espaço está lá, mesmo que vazio, paradoxalmente.
Porque em certas festas da razão, a duplicidade parece ser eterna e o futuro otimista, mas muito além dele mesmo, muito mais distante do que qualquer ação do hoje, do que qualquer palpite da intuição.

Por isso vive-se! No presente da felicidade.
Porque amanhã, tudo pode ter passado e ainda estaremos parados e incondicionalmente, felizes.

Listen d*_*b Starsailor / Alcoholic

Friday, January 19, 2007

Entre o gole e a música.

Letras se perdem pra formar as palavras que não sabem definir sentidos inexplicáveis.
Frases são subjetivas.

Até o último gole, ele já mudou de idéia, mudou até de personalidade se o líquido demorar mais pra se esvairecer.
Até a última música, o último acorde do violino, muita coisa já aconteceu, muitas pessoas chegaram, outras foram embora, muitas gargalharam e muitas outras choraram. Muitos copos se quebraram disperdiçando o conteúdo, por segundos.
É tudo muito rápido pra se pensar no que tem que ser feito antes.

Deixa tudo vir depois, se é que realmente virá. O que se perde hoje e agora? Nada.
Talvez amanhã! Mas só talvez.
O copo respinga.
Degustaremos. E se a indigestão vier, sofreremos amanhã.
Porque o prazer é instantâneo.
Deixemos a música passar... Sem perder o ritmo.
Porque entre o gole e a música tudo pode achar novo lugar.

Listen d*_*b Astor Piazzolla/ Gidon Kremer Violin/ Le Gran

Linha bamba

Respirar para inspirar e esperar. Em um suspiro me reviro no tempo. Daquilo que poderia ser, mas sei que não devo. Será que espero? Ou me de...