Linha bamba

Respirar para inspirar e esperar.
Em um suspiro me reviro no tempo.

Daquilo que poderia ser, mas sei que não devo.

Será que espero?
Ou me desespero?

Em segundos me revelo pelo avesso.
Depois me escondo no casco do que pareço.

Atravesso.

Bambeando na corda tênue permaneço.
Sem mais poder os passos dar para trás.
Da pele que a vida me insistiu
Sigo me equilibrando por fora loucamente e me despindo de alma intimamente.

Tarde demais para ficar ofegante...
Cedo de menos para pisar numa constante.

Mas na linha de chegada de mim, não desistirei até cruzar o fim.