Wednesday, December 03, 2008

Porque sempre, resta 1.

O que distigue a fraqueza da fragilidade?
O que nos é sustentável de aguentar por sermos frágeis?
O que nos é cabível de enfrentar por sermos fortes?
Diferenciar entre o justo e o injusto.

Entre a realidade da dureza e a ilusão da subjetividade do mundo imaginário perfeito.
Essa segunda é até mais fácil, o mundo é vasto.

As escolhas estão engafinhadas umas nas outras tendo todas elas seu peso diante da imaturidade que temos pra fazê-las.
Elas nos testam a todo momento.

Assim como as situações e as oportunidades.
Testam nossa fraqueza ao mesmo tempo que nossa fragilidade.
Onde não podemos desistir e onde podemos usar a vantagem de ser ser-humano.
Até onde ter coragem pra enfrentarmos nossas fraquezas?
Até que ponto ter paciência pra entender nossas fragilidades?
Vivemos sempre na dualidade, por isso somos corpo e alma.
O lado racional e o emocional.A educação e a personalidade.
O que aprendemos a ser e o que nascemos sendo.
Curioso, não?!

A dúvida só surge a partir de uma divergência, a partir, sempre, de duas coisas.
Tá, isso não é novidade pra ninguém.
Ou o fraco, ou o frágil.E isso faz uma diferença e tanto.
Como se o 3, fosse um desempate do 2.
Como se o 1, fosse a escolha, efetivamente feita.
E como é difícil resumir qualquer coisa à 1.

Porque sempre, resta 1.



Listening d*_*b Confianzas/Gotan Project

Friday, October 24, 2008

Deixando os espinhos pra trás.

Engraçado como a vida se encarrega de tudo.
Ela vai mostrando que você mesmo monta seu destino.
Vai juntando o quebra-cabeça.
E as coisas, por fim, se encaixam nos devidos lugares.
Sim, nos DEVIDOS.
Não onde nunca deveriam estar.
A gente fica preocupado em mudar a vida das pessoas, mas esquece da nossa.
Massacramos valores, ultrapassamos limites, esquecemos dos espelhos.
Descemos até o nível mais difícil daquela trilha sem linha do horizonte esquecendo do camindo de volta pra casa.

Na ilusão e pretensão de conseguir provar pra nós e pros outros que somos capazes disso.
A gente segue sem rumo, se joga de cabeça.
Cegos na busca da tal felicidade que o outro não pode te dar.
Que a história pode ser feita diferente.
Que somos mágicos, ou ainda, que somos fortes o bastante e carregaremos fardos maiores ou dores mais insuportáveis diante dos cortes dos espinhos.
Acho que daí que surgem os grandes heróis em quadrinhos.
Transportados da nossa ingenuidade.

Podemos até ser uma parcela, em algum momento, em alguma frase, em algum olhar, em alguma lembrança, em algum tropeço ou escorregão.
Mas nunca da conclusão e do lugar onde o outro quer chegar.
Vamos aprendendo assim a enxergar o caminho de volta pra casa.
Se achar em si, encontrar o caminho da subida, ver aonde está o sol.

Sua participação pode ser tão grande ou não fazer a mínima diferença do outro lado do terreno.
Você estende a mão, mas quem precisa dela não é você.Você tá indo embora, mas não pode ajudar quem quer ficar no meio do caminho e se perder.
Pode ser que tenha a chance de achar uma rota alternativa ou pode ser que não.
Pode ser que isso seja rápido, ou pode ser que não.

E lá na frente você vai lembrar que estendeu a mão, mas não teve resposta.
E quem ficou do lado de lá vai lembrar que é impossível encontrar com alguém que já foi.


Listening d*_*b Doves / Firesuite

Wednesday, October 08, 2008

Na consciência insana sobre o campo minado.


Na vida tudo tem seu risco e seu preço.
E tudo te mostra o oposto do que se espera.
Se ter dúvidas é ser privilegiado pelo mundo das idéias...
Vamos lá então descobrir se esse paraíso saturado de incógnitas por todos os lados é sempre prazeroso mesmo?!
Como se seu pé estivesse sobre uma mina:
Você sabe todas as consequencias de ter pisado ali;
Você sabe todos os resultados, se tirar seu pé;
Mas não escolheu ter pisado.
Da próxima, preste mais atenção por onde anda!
Porque depois que entrou, ou melhor, pisou, tá pisado e pronto...
Você até pode sair, mas já terá motivos suficientes para sair sequelado ou pelo menos sem algumas das partes de você.


Daí, sente a alma se perder.
Aliás, alma, esta, que daqui a algumas horas vai subir pro tal paraíso ou conhecer outras dimensões.
Você vai explodir.

De tanto pensar ou de tanto esperar pra saber o que decidirá, antes que o tempo da mina passe e você não consiga decidir mais nada.
Você vai morrer...
Dessa ou em uma próxima.
Talvez, dessa, "só" fique mutilado...Mas você vai morrer um dia.
Porque a morte é a única certeza da vida.

Daí, vem a perguntinha capciosa: Pra que pensar tanto?
Se eu vou morrer uma hora ou outra...
Tira o pé logo. E vê no que vai dar.
Você vai sair machucado, mas pelo menos vai ter tomado uma decisão.
E se de repente, a mina falhar, você vai ser a pessoa mais feliz do mundo por alguns instantes que lhe valerão a vida.
Parece fácil resolver... Mas é a sua vida em questão...
Como tantas outras questões importantes. Ou nem tão importantes assim.
Até que ponto vale a pena se preocupar?
O que é realmente importante pra nós?

Uma grande oportunidade que você não saberá, se continuar sobre o muro, se continuar com seu pézinho teimoso e seus balões pensantes eternos.
Na briga interna não existe vencedor nem perdedor, porque 'ambos será (ou serão?) você' dependendo da sua escolha.
Na verdade, você é (são) vários!!!!!
Já parou pra pensar nisso?
Pensar faz doer a cabeça.


O grande 'porém' da questão toda, é que o pensamento que defini o rumo que você toma.
Nossa, que contradição é essa toda?
Pois é... Todos são inteligentes, a gente só não sabe direcionar nossa inteligência e acaba direcionando pro lado errado ainda por cima pra ajudar...
Também, se assim o fizéssemos, ficaríamos mais loucos ainda porque a vida seria muito certa.
E o ser humano não se atrai por ausência de problemas, muito pelo contrário.
E determinar isso, vai depender, única e exclusivamente, das suas necessidades.

As vezes, deixamos a vontade de lado porque somos movidos pelo nosso falso moralismo, pelos nossos enganos, pelo nosso orgulho, pelo nosso medo, pelo nosso preconceito e por ai vai longe esse texto...

O poder da ação é que muda qualquer coisa.
E ele só acontece depois da virtude de pensar.
Pena que a gente mistura tudo e acaba nem fazendo um, nem outro.
Ou demasiadamente um, e irrisóriamente o outro...
Ou nunca pensa, ou pensa demais.
Só não deixe o pensamento ser tão longo a ponto de nunca deixar a sua ação aparecer.
Você pode perder muitas chances de viver e acabar morrendo por burrice mesmo.


d*_*b Listening - Lost Souls/Doves

Tuesday, August 26, 2008

Levantar, andar e sonhar.

Se jogar pra ver o mar.
Saudade.

Ela sempre faz de tudo pra dispersar.
Quando a brisa do vento passa, e os cabelos embaraçados atrapalham sua visão.
Disfarçando, ela senta e espera o sol nascer, na sua plenitude das cores, na sua magestosa amplitude.
As gaivotas desenham suas perguntas no céu.
As lembranças entre as notas, a melodia do som das ondas, derretando a graça dos seus desejos na chuva.

O tempo que não passa, mas não pára.
E o abismo se abre diante da força das águas.
O coração dela bate fraco enquanto os momentos voam no pensamento.

Ela levanta.
Deixa os raios secarem as lágrimas que a chuva deixou.
Deixa a luz brilhar no seu rosto que a nuvem apagou.
E, despedaçada, anda juntando as conchas que o mar carregou.
Ela anda.
Sabendo que vai levar tudo o que se passou.
Porque tudo daquela paisagem sempre valeu a pena...

Ela sonha.
Sentindo que daquela caminhada muitas paisagens ainda virão, enquanto, entre passos, ela transforma seu interior.


Listening d*_*b The Hardest Part/ Coldplay

Friday, August 22, 2008

Porque o hoje não se repete.


É engraçado como o ser humano sente atração pelo caos, pelo errado, pelo difícil.

E apesar dos percalços da vida, ainda busca aumentar mais as dúvidas, pra somar as dúvidas já existentes (que não são poucas).

Insistir no erro e querer provar pra si que sempre as coisas podem ser diferentes, mesmo achando as mesmas respostas.

Tudo isso na grande tentativa de retomar aqueles momentos que jamais serão os mesmos, porque de fato o que se foi, é, literalmente, passado, fato...E ponto.

Vamos admitir e encarar.


O hoje não se repete.
O hoje traz a raíz nova, pra novo cultivo, pra novos frutos.
Faz sua vontade de ser alguém melhor, renascer.
Faz você enfrentar os medos pra querer ter certeza de que os riscos de dar certo podem valer muito a pena, assim como a probabilidade de dar errado, ser, mais uma vez, um aprendizado.

O sentimentalismo faz você querer acreditar muito no que só você sente, enquanto parece que nada é recíproco, que os outros não sentem nada além da sua presença.
A esperança de querer ouvir sempre seu lado mais ser-humano de ser.

A vida ilude muito, mas é descoberta por nós, aos poucos, lentamente.
Sendo, as direções, muito mais importantes do que a velocidade.

Há momentos em que atitudes precisam ser tomadas, mesmo que sejam contra sua própria vontade de ainda se iludir em ser ser-humano.
Há momentos em que você não percebe que suas escolhas agora, definem a direção e a velocidade das suas mudanças e do seu futuro.


Listening d*_*b Blind Melon / Changes

Thursday, June 26, 2008

Tudo encontra o seu lugar...

Hora de novas perspectivas sempre chegam na vida depois das grandes tempestades.
Não direi que nasce o sol, porque ele sempre está lá.
A gente sabe que o tempo é o senhor de todas as coisas,
contanto que seja usado e abusado da melhor forma.
Todas as formas tem seus encaixes, lugares e seus espaços... Certos ou errados.
Sabiamente só não tente acreditar nas promessas perdidas,
na ilusão do mundo encantado dos sonhos, porque lá é lindo, mas não existe.
Assim como, sabiamente, eu te digo que não resistimos e acabamos por acreditar em tudo isso.

Nada apaga sensações.
Nada é fracasso quando se passa pela covardia do medo de tentar ser ser-humano.
Enfrentar o que é mais forte do que você, mesmo que isso transpasse aquilo que nunca fez, ou o que nunca foi.

Mas depois de viver de emoções, você vê que são sempre os mesmos sonhos.
Hora que é preciso abrir mão dos vícios pela sua própria vontade de esquecer e pelo seu amor próprio.
E deixar que o tempo carregue as cinzas.
Amplitude, integridade, e você se encontrando com 1/3 do que seja você mesmo.

Já é uma evolução.
Acredite.

A espiritualidade que foi deixada pra trás dentro das loucuras de alguém que se perdia na multidão, agora tenta voltar pra alma, analisando tudo do alto da montanha.

Portas abertas, oportunidades ao vento, e tudo vai encontrando seu lugar...
As pessoas, de longe, ficam pequenininhas.
Belo truque.
Mas antes, sempre é necessário se perder, surpreender, se iludir, enlouquecer, fugir.

Porque depois...
Tudo encontra seu lugar...
Mesmo que seus sentidos sejam rebeldes, que suas emoções nunca mais sejam as mesmas...
Tudo encontra seu lugar...
Mesmo que no vão entre a alma e a razão.
Tudo encontra o seu lugar...

Listening d*_*b Duffy/ Delayed Devotion

Tuesday, May 13, 2008

O abismo das decisões.


Quando a corda aperta, o pescoço fica maior.
Não anatomicamente falando, mas os neurônios se conflitam com a realidade,
e a angústia parece existir.
Psicossomático?! Talvez.
Correr pra onde?
Buscar o quê?
Procurar quem?
Os perdidos no meio da multidão.
Assim são muitos.
Quando passos estão estagnados, quando respostas ficam ao vento,
quando pensamentos se perdem e você não entende.
Você fica estático.
Não encontra nem mais você dentro de você mesmo.
Enlouquecido.
Fugas, soluções ou inércia?
Porque ficar aqui?
Hora de escolher um, abandonar outro pra saber que irá acordar e ainda estará vivo.
Aquela vida que se almeja sem obstáculos.
Aquela vida que se idealiza entre peças que se juntam de um quebra-cabeças de milhões de partes sem sentido.


Tá na hora de pular e virar borboleta.


d*_*b Listening Summertime / Janis Joplin

Linha bamba

Respirar para inspirar e esperar. Em um suspiro me reviro no tempo. Daquilo que poderia ser, mas sei que não devo. Será que espero? Ou me de...